Friday, October 30, 2009

Aplausos

Eu prometi contar a história que motivou a criação desse blog. Pois bem, essa história tem a ver com aplausos. O moleque, como qualquer outra criança de sua idade (e alguns outros até beeeem mais crescidinhos), A-DO-RA ser aplaudido. Mas nossa última surpresa foi que ele também pode ser generoso em aplaudir.

Em um desses dias holandeses de final de verão/começo de outono, o moleque e eu estávamos em nossa casinha, brincando juntos enquanto esperávamos o rei do nosso castelo chegar para o jantar. Pois bem, o momento esperado chegou, papai abriu a porta e entrou no hall, e então... O moleque corre até o hall, olha para o pai com os olhinhos brilhando de excitação e o aplaude vigorosamente dando gritinhos de alegria. Não satisfeito com os aplausos ele inicia mais uma sessão da sua "dança ritual de recepção de genitores no final do dia". Essa dança basicamente se assemelha com a dança dos índios do xingu durante o ritual quarup. Obviamente, caímos na gargalhada. Encantado com o efeito que produziu em seus pais, o moleque simplesmente não parava mais de dançar e aplaudir e assim seguimos, gargalhando...

O moleque também não gosta de injustiças. Quando ele faz algo que em sua opinião merece ser aplaudido e que por algum motivo ou outro não o é, ele não tem dúvidas quanto às providências que deve tomar. Ele vai até a mamãe (ou o papai), pega uma de nossas mãos, abre até que ela fique bem espalmada e após repetir o processo com a outra mão, bate uma na outra, para deixar bem claro o que é que devemos fazer. Quando ele se desencanta com a falta de entendimento dos pais, que, por vezes, nem com uma explicação tão óbvia entendem o que devem fazer, o moleque se auto-aplaude. E, quando se sente satisfeito, se levanta resoluto e segue cheio de expediente, buscando novas realizações aplaudíveis.

2 comments:

Tati said...

Comentário da Fabinha:

Que lindo Tati. Adoro esse tipo de blog. É muito bom compartilhar esse sentimento de amor materno com as amigas. Às vezes me pego pensando, lembrando da época da faculdade, quando nem imaginávamos que um dia estaríamos trocando figurinhas sobre "filho" e não sobre "cerveja". Se naquela época perdíamos uma noite na boite, hoje somos capazes de passar uma noite com nossos filhotes, seja porque estão doentes, seja porque estão sem sono. Enfim, faz parte da vida. É a evolução. Estamos evoluindo amiga. Somos mães, os seres mais fascinantes da face da terra, sem desmerecer os papais, claro. Beijocas e saudade.

Tati said...

Comentário do vovô Furquim:

Filha, muito legal mesmo, parabéns. Uma história que será contada por muito e muito tempo. Beijos a todos.

Papai